segunda-feira, 13 de julho de 2009

MISTÉRIO DO SERVIR

Este blog está em construção.

Estamos trabalhando para deixá-lo pronto com simplicidade, qualidade e funcionalidade.

Para que você leitor, se sinta à vontade para ler, comentar e dar sua sugestão.

MISTÉRIO DO SERVIR


O lar é um jarro florido,
O mundo um lindo jardim.
Dentro do jarro florido,
Em meio ao grande jardim
Nasceu um bugari.
Galhos verdes e tenros
Cresciam pugnantes,
Contra ventos fortes,
Bicos agudos, garras afiadas,
Espinhos cruciantes.
Até que botões brotaram
Na pequena planta verdinha.
Sua beleza enriqueceu o jarro,
Seu perfume exalou o jardim.
Os pássaros, quais andantes sem rumo,
Encontraram pousada para si.
Novas rosas acordaram corações apaixonados.
E aí, quanto mais galhos,
Sempre mais flores,
Quanto mais flores,
Sempre mais dores.
Também vão pendendo os galhos,
Vão murchando as folhas,
Vão caindo as flores.
Com silêncio triunfante
Confessa feliz, o bugari:
Adeus jarro onde nasci,
Adues mundo onde vivi,
Adeus a todos vocês
E se vivi, vivi porque vivi.

Sabe do que falo?
Do mistério do servir:
Onde embelezar o jarro,
Perfumar o mundo,
Ou os outros florir
É um egoísmo estranho,
De se viver também para si.

Carlos Queiroz
ano ___/___/______
Fortaleza/CE